A Microsoft publicou nesta semana, através de uma postagem no seu blog oficial, uma espécie de manifesto, onde pede que os governos comecem a trabalhar para regulamentar o desenvolvimento, a criação e as formas de uso das tecnologias de reconhecimento facial que já estão disponíveis.

Microsoft quer que governos regulamentem reconhecimento facial

O post foi assinado por Brad Smith, líder do conselho da empresa, que sugere que cada sistema de reconhecimento facial seja testado de forma independente para assegurar precisão e, ainda mais importante, garantir que eles sejam neutros e protejam os direitos individuais.

Não é novidade para ninguém que essa é uma tecnologia que já existe e está presente no dia a dia das pessoas. Mas, atualmente, elas acabam sendo utilizadas apenas para coisas mais triviais, como desbloquear alguns dos telefones mais modernos. Mas o principio está ali, na palma das mãos das pessoas.

Existem diversas empresas privadas que estão conduzindo experiencias e desenvolvendo produtos e projetos que se utilizam do reconhecimento facial. A Amazon, por exemplo, trabalha em conjunto com as forcas policias dos EUA no desenvolvimento de softwares que permitem o reconhecimento de pessoas no meio de multidões.

Microsoft quer que governos regulamentem reconhecimento facial

O Facebook também já conta com esse tipo de ferramenta, utilizada basicamente para marcar pessoas em fotos. O problema é que se não houver uma preocupação dos governos sobre essa tecnologia, rapidamente as pessoas podem acabar perdendo seu direito de imagem e privacidade.

“Se não agirmos agora, correremos o risco de, em alguns anos, nos depararmos com serviços de reconhecimento facial totalmente disseminados e exacerbando problemas da sociedade. Quando isso acontecer, será muito mais difícil reverter a situação”, escreveu o conselheiro da Microsoft.

O representante da Microsoft afirma que essa tecnologia, se for utilizada sem as devidas responsabilidades, pode acabar causando danos físico emocional a várias pessoas, além de comprometer os direitos humanos fundamentais existentes nos dias de hoje.