A Samsung recentemente recebeu uma multa na Austrália de 14 milhões de dólares australianos (aproximadamente R$ 50 milhões) em virtude do que foi considerado pelo Tribunal Federal daquele país como propaganda enganosa O objeto do processo foi uma campanha de marketing veiculada no país entre os anos de 2016 e 2018.

Samsung é condenada por propaganda enganosa na Austrália

Essas propagandas que foram veiculadas no país sugeriam que os modelos de smartphones Galaxy A5, Galaxy S7 e também o Galaxy S8 poderiam submersos na piscina e até mesmo no mar. Todos os modelos citados possuem a certificação IP68 e não devem ser usados dessa forma. Até mesmo o site da fabricante sul-coreana desaconselha a ação.

A certificação IP68 aponta que os modelos em questão possuem como característica o fato do celular resistir a submersão de no máximo 30 minutos a uma profundidade máxima de 1,5 metros, e somente em água doce. A água salgada do mar e a água com cloro da piscina, presentes nas peças publicitárias distribuídas na Austrália, poderiam danificar os aparelhos e corroer componentes importantes.

Samsung é condenada por propaganda enganosa na Austrália

Todos estes anúncios tinham como principal objetivo destacar a proteção que os modelos de smartphones possuem em relação a água. O problema é que as peças acabaram passando a mensagem de que os usuários podiam fazer coisas muito além do que as que são realmente recomendadas em virtude da certificação dos aparelhos.

Um dos anúncios trazia uma foto tirada debaixo da água do mar, mostrando uma mulher surfando, o que poderia levar o consumidor a pensar que o aparelho seria resistente a mergulhos na água do mar.

O presidente da Comissão Australiana de Concorrência e Consumidor (Australian Competition and Consumer Commission), afirmou no processo movido que a entidade havia recebido centenas de reclamações dos usuários da Samsung, que se queixaram que os seus aparelhos tinham ficado com danos irreversíveis em seus aparelhos após o contato com a água.

As reclamações deram origem ao processo, e a Justiça acabou considerando que a empresa realmente estava cometendo o crime de propaganda enganosa.