Nos últimos dias muito têm se falado sobre um pequeno aparelho que daria superpoderes para os seus usuários, como abrir portões e até mesmo alterar preços em máquinas de pagamento. Trata-se do Fliiper Zero, que na semana passada teve uma carga apreendida pela Anatel depois de não ter sido homologado.

Flipper Zero: Entenda a polêmica do equipamento hacker.

De acordo com as informações que foram divulgadas em um comunicado oficial divulgado pelo órgão sobre a operação, este dispositivo portátil poderia ser utilizado por pessoas mal intencionadas para fins ilícitos. Em termos técnicos, ele consegue identificar e clonar sinais de RFID e NFC, usados em crachás, chaves eletrônicas, celulares que fazem pagamentos por aproximação, etiquetas inteligentes e até cartões de transporte.

A partir do momento que o equipamento consegue acesso a estes dados, ele consegue salvá-los em um chip ou cartão em branco, que vira um clone do dispositivo original, que pode ser uma chave ou um cartão. Na prática, essas cópias podem ser utilizadas para acessar áreas restritas, por exemplo, fazer pagamentos indevidos ou ainda roubar informações pessoais.

Nas rede sociais, começaram a surgir diversos vídeos mostrando como o equipamento pode ser utilizado para clonar crachás de NFC e abrir garagens, identificando e retransmitindo o sinal de radiofrequência do controle remoto. Mas dispositivos que contam com tecnologias mais recentes conseguem bloquear sua atuação, como grande parte dos cartões de banco.

Bloqueio em sites de venda

Flipper Zero: Entenda a polêmica do equipamento hacker.

Diversso anúncios de Flipper Zero podiam ser encontrados em grandes sites de comércio online, como Mercado Livre e OLX. Agora, de aocrdo com uma apuração feita pelo site Techtudo, essas mesmas plataformas afirmam que estão retirando do ar todos os anúncios que estão sendo feitos deste equipamento.

O Mercado Livre mandou uma nota para o site, afirmando que atua rapidamente contra “produtos não homologados e em desacordo com a legislação”. Já a OLX ressalta que fornece um espaço democrático para a negociação direta entre vendedor e comprador. Ambas as empresas explicam que ferramentas nativas permitem denunciar produtos irregulares.